terça-feira, 19 de outubro de 2010

As células-tronco no tribunal

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou ontem 20/06/08, por seis votos contra cinco, as pesquisas com células-tronco embrionárias. Desta forma se tornou improcedente a ação de inconstitucionalidade que questionava o artigo 5º da Lei de Biossegurança aprovada em 2005.
De agora em diante são legais as pesquisas com embriões que estejam congelados há mais de três anos e com autorização dos doadores apenas para o tratamento de doenças degenerativas.
A aprovação dessa lei pode beneficiar toda a sociedade, mas é bom lembrar que as células-tronco não podem resolver todas as doenças e seu uso deve ser estritamente para fins terapêuticos. O fato é que o tratamento e a cura de doenças através destes embriões pode ainda estar bem distante, mas com a legalidade das pesquisas as chances de aprimoramento da medicina regenerativa são muito promissoras.
É importante salientar que o uso dos embriões foi liberado apenas para pesquisas e deve-se tomar muito cuidado com possíveis “charlatões” oferecendo tratamento com células-tronco embrionárias, o que ainda não existe no Brasil e em boa parte do mundo. Há um longo caminho a ser percorrido, a técnica de manipulação de embriões deve ser aprimorada, o governo precisa aumentar o incentivo e os investimentos em pesquisas nessa área e todos os pesquisadores devem submeter seus projetos a comitês de ética de suas instituições e também ao Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) antes de começarem seus estudos. Por fim, muitos testes devem ser feitos, primeiro em animais e por último em humanos para comprovar que o tratamento dá resultado e só aí a tecnologia é homologada, o que pode levar anos.
O fato é que a esperança voltou e podemos, quem sabe, vislumbrar a cura de doenças como a distrofia muscular, o mal de Parkinson, o mal de Alzheimer, a esclerose múltipla, etc.
Quem viver verá!

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